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Autismo Infantil |
O autismo infantil é um distúrbio neurofisiológico, de causa ainda desconhecida, que afecta o funcionamento do cérebro em três áreas diferentes: a capacidade de comunicar, a capacidade de sociabilizar e a limitação de interesses. Trata-se de uma alteração global do desenvolvimento infantil que se mantém para toda a vida. O autismo tem vários graus de gravidade, que vão desde o autismo clássico ou Kanner (o mais grave) até à síndrome de Asperger (menos grave). Não é possível diagnosticar o autismo nas primeiras semanas de vida nem é possível o diagnóstico prénatal. O autismo é uma doença que tem maior incidência no sexo masculino do que no feminino. Os primeiros sinais podem surgir entre os 4 e os 8 meses de idade, notando-se um atraso na fala e na mobilidade da criança. É possível ainda que, em crianças que até então apresentavam um desenvolvimento normal, se manifeste posteriormente esta doença, classificada como autismo secundário. Um bebê autista normalmente não demonstra muito interesse pelo contato com as outras pessoas, não sorri, não olha para os pais, pode ter problemas com a alimentação ou com o sono, não se interessa pelo meio que o rodeia. O autismo é uma doença de desenvolvimento gradual: Quando o bebê começa a gatinhar, pode fazer movimentos repetitivos de um modo exagerado, como bater palmas, rodar a cabeça de um lado para outro ou balançar-se. Ao brincar, não interage com os outros, não respondendo a brincadeiras que lhe são feitas. Por volta de um ano de idade poderá demonstrar um interesse obsessivo por determinado objeto. É geralmente a partir dos dois anos de idade que se detectam problemas na comunicação verbal e não verbal. A partir desta idade a criança autista tem tendência a isolar-se, inverter os componentes das frases e repetir frequentemente palavras ou frases. A criança autista passa a viver num mundo à parte, criado por ela própria, incapaz de se ligar às pessoas e ao meio que a rodeia. A maioria destas crianças serão adultos sem capacidade para gerir, de uma forma autónoma, a sua vida e os seus bens, pelo que precisam de ajuda de terceiros para toda a vida.As crianças autistas são, regra geral, crianças fisicamente saudáveis e de aparência normal, que se apresentam inaptas para se relacionar e comunicar com os outros. É preciso ter em atenção que cada criança autista é um caso único e, como tal, devem ser criadas condições que permitam desenvolver as capacidades máximas de cada uma. Existem várias terapias que ajudam a criança autista a desenvolver todo o seu potencial, não havendo evidências de que uma terapia seja melhor do que a outra. É sim essencial que as medidas adoptadas sejam adaptadas a cada criança e que o programa de tratamento seja feito de acordo com o seu perfil. |
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