Gravidez |
O prematuro e a possibilidade de uma vida normal |
O terceiro trimestre de gravidez é um momento de significativa importância, pois há um crescimento intrauterino acelerado e a produção de surfactante (substância segregada pela membrana do pulmão a partir da trigésima semana de gestação), que é o responsável pelo amadurecimento dos pulmões, na vida fora do útero.
Estudos mostram que sete por cento dos bebês nascem antes das trinta e sete semanas de gestação. O prematuro não pode ficar grandes períodos sem se alimentar por ter uma reserva de gordura bem menor que um bebê nascido a termo. O aporte nutricional é um dos principais fatores que influenciam no desenvolvimento e crescimento do bebê que nasceu antes do tempo. A primeira referência para os especialistas obterem uma resposta em relação ao desenvolvimento do bebê é o perímetro cefálico, depois o peso e, só então, a estatura. Porém todos estão relacionados. Os pais de prematuros passam por diversas angústias e questões. Por exemplo: Meu filho vai ser sempre pequeno? Vai ter problemas de aprendizagem? Vai demorar mais do que as outras crianças para andar e falar? Só o tempo e cada criança o dirá. Os problemas mais comuns nos prematuros são os respiratórios (os pulmões não amadureceram o suficiente para trabalharem sozinhos), as infecções (os prematuros são muito mais suscetíveis a bactérias e vírus), e os do aparelho digestivo como a enterocolite necrosante. A parte sensorial e motora está mais relacionada com a idade gestacional do que com tais problemas.
Sabendo também que os pais precisam cuidar de si próprios para poderem cuidar bem do bebê, é importante descansar, ir a casa sempre que necessário, no caso de terem outros filhos, sem deixar de dar atenção ao que está internado. No caso dos bebês prematuros, é necessário um acompanhamento profissional até os dois, três anos de vida e, a cada seis meses, levar o bebê ao oftalmologista, pois os prematuros podem apresentam também problemas visuais. Os pais são os principais responsáveis por todo esse acompanhamento, e é importante que tenham consciência que, se houver problemas, sejam detectados precocemente e assim o prematuro possa ter uma vida normal na adolescência e na idade adulta. Rebeca Batista da Silva - Enfermeira intensivista (unidade de cuidados intensivos) |
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